Alberto III.
‘Foi ali que ele morreu. O taxista. Cortaram-lhe a garganta a sangue frio. O problema são estes drogados. Só pensam naquilo e em roubar. Precisam de dinheiro e andam para aí a assustar toda a gente. O homem só tinha dez euros. Já viu isto? Era taxista desde oitenta e três e matam-no assim. Com família. Filhos. É uma tristeza. Deviam era matá-los a todos. Andam para aqui e só pensam em porcarias. Apanhou o táxi em Fernão Magalhães e vinha para aqui comprar droga. Para o Aleixo ou para um desses sítios. Já viu isto?’
O Alberto ouvia tudo. Ia de pé no autocarro, apertado contra o vidro. Cansado do calor e da vida.
4 Comments:
És fenomenal... não falo dos episódios que consegues retratar muito bem... mas a tua escrita faz-me presenciar os momentos e as pessoas! Muito bom.
By Bacalhau, at 1:53 da tarde
Bacalhau:
Tu conheces o Bairro pessoalmente?
By Hélder Sousa, at 11:17 da manhã
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By Anónimo, at 9:47 da tarde
Sim , estou parvo és a primeira pessoa que mesmo sem ser do Bairro do Aleixo , consegue retratar de uma maneira o bairro que acaba por ter graça .
Gostava de manter algum contacto contigo , estou perplexo, gostava de saber a razão desse enteresse pelo meu Bairro .
Obrigádo.
By Anónimo, at 7:56 da tarde
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