Brocas Gang II.
Quando o calor aperta, aperta para todos e ninguém quer ficar de fora.
O Augusto, o Migas e o próprio Brocas, estrearam um par de calças cada um, vestiram a melhor camisa que encontraram e prepararam-se para receber as primeiras visitas estrangeiras desta época.
Num primeiro momento observaram a clientela a fazer fila na Torre Um, depois os carros que passavam muito devagar com clientes indecisos. Foram beber umas cervejas para refrescar a garganta e aligeirar os pensamentos.
‘Está muita gente. Não vai ser fácil, hoje!’ O Augusto embrulhou um charro e tentaram planear o ataque. ‘A estranja é fácil gamar, mas mesmo assim não é bom aproveitarmo-nos de cromos indefesos.’ O Brocas estava com pouca vontade de acção e ainda por cima o jogo mais importante do campeonato estava quase a começar.
‘E que tal embrulhar mais um e ir chatear os mouros?’ A sugestão foi aceite por unanimidade. Tentaram chegar rapidamente às proximidades do Bessa. O Migas ficou encarregue de esgrimir o extintor oferecido pelo Vinagre, caso fosse necessário usá-lo como arma.
‘Parto a cabeça ao primeiro lampião que me aparecer à frente e se recusar a engolir esta merda!’ Começou a disparar o conteúdo do extintor para todos os carros que passavam, enquanto cantava.
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