António II.
Caminhava devagar hoje. Ia a cantar só eu sei que sou terra, terra agreste por lavrar... só eu sei que sou pedra, pedra dura de talhar... Era um bom dia, apesar da chuva torrencial. Porque eu não sei se me quero polir, também não sei se me quero limar... Ia cumprimentar-me, mas a métrica do verso não permitiu uma paragem na canção. Só eu sei que sou erva, erva daninha a alastrar. Ele não sabe o meu nome, não sabe nada de mim. Em moldes feitos não me sei criar, as formas feitas podem-se quebrar.
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