No Bairro do Aleixo

domingo, agosto 22, 2004

Strip no Bairro

Depois do desafio aqui apresentado no final do mês passado, em parceria com a CMTCONBA, temos o prazer de informar que a resposta certa era... a última opção!
Os quatro residentes deslocaram-se ao Champanhe Club para estabelecer alguns contactos preliminares sobre a possibilidade de criar uma filial do Club no Bairro do Aleixo, no prazo de dois anos.
Entretanto e durante as duas últimas semanas realizaram-se algumas reuniões de trabalho entre a Comissão e os gestores do Club. Para já ficou acordado que a CMTCONBA vai ceder um terreno para a construção de uma casa de animação pós-laboral. A primeira sugestão contemplava a criação de um espaço com as mesmas características do já existente, mas a Comissão opôs-se a essa ideia alegando que o Bairro tem características próprias e que toda a gente ficaria a ganhar com a adaptação de um espaço desse tipo à clientela que frequenta o Bairro e que procurará, seguramente, outro tipo de eventos. Ou seja, recusamos ter apenas mulheres stripers e recusamos que as mulheres que vierem a trabalhar nesta casa sejam do leste europeu. ‘Para isso já há outras casa na cidade, temos que fazer uma oferta diferente.’
Sugerimos antes ter uma casa mista, com strip feminino e masculino alternadamente, respondendo aos desejos de todas as preferências sexuais. Sugerimos ainda que os homens e as mulheres stripers deverão ter alguma ligação com as restantes matérias comercializadas no Bairro, por exemplo, a mesma proveniência. A conclusão óbvia surgiu de imediato: a aposta em homens da América do Sul e em mulheres do Afeganistão é a opção correcta. ‘Ainda por cima podemos usar as burkas como factor de promoção. Integramos no negócio do lazer, mulheres de uma cultura completamente diferente e que arriscarão a vida por isto. Isso é muito bom para o negócio.’ Concluiu o representante do Champanhe Club. ‘Mas como é que conseguimos trazer mulheres do Afeganistão para cá?’, perguntou depois de um momento de reflexão. Um dos elementos executivos da Comissão referiu que já tinham sido feitas várias ofertas dos seus parceiros asiáticos, pretendendo enviar com as encomendas normais alguns excedentes femininos. ‘Nós nunca aceitámos porque não sabíamos o que fazer com elas. Agora podemos retomar esse contacto.’
Em relação aos homens sul-americanos, principalmente colombianos ou bolivianos, aparentemente a sua importação é mais fácil, mas mesmo assim é necessário e urgente activar alguns contactos com os fornecedores, no sentido de averiguar quais os custos e os riscos dessa operação.
Os responsáveis pelo Champanhe Club regozijaram-se com esta nova perspectiva de negócio e agradeceram à nossa Comissão o contacto, porque, segundo ele próprio, já estavam cansados de ter sempre a mesma característica dominante nas mulheres: ‘Isto abre novas possibilidades e caminhos. Estamos muito contentes e creio que devemos começar a apostar também no strip masculino numa outra casa que vamos abrir brevemente em Matosinhos.’
Com muitos apertos de mão fechou-se o acordo que vai ser escrito e ratificado em Assembleia Geral pela CMTCONBA.