Pedro.
‘Lá porque uma rosa cheira melhor que uma couve, não significa que faça uma melhor sopa!’ ouvi-o dizer a uma rapariga sentada ao seu lado enquanto preparava o chuto! Estava cansado e falava baixo, quase sem mexer os lábios. Continuou: ‘aquele gajo queria vender-me um ramo de rosas, mas eu disse-lhe que queria era fazer a porra duma sopa. Não queria aquela cena!’ Acabou de aquecer a colher. ‘Não era má, mas esta aqui, já vais sentir, faz uma sopa do carago. É como as couves.’ Abriu a seringa. ‘Gosto de citações!’ Eu não gosto de citações, mas ele é um verdadeiro romântico. Apertou o garrote à rapariga e espetou-lhe a agulha no braço. Ela sorriu.
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