Matias.
É só uma criança que anda de mão dada com a avó. Ainda não tem idade para andar sozinho.
Gostava de jogar à bola e de correr no meio da rua como as outras crianças. Gostava de fazer trincheiras com ramos de árvores no descampado ao lado do ringue. O pai não deixa.
Mudaram-se há poucos meses para o Bairro. Querem sair o mais rapidamente possível. Não querem conhecer os vizinhos, não querem que o Matias vá para a escola do Bairro.
O pai do Matias estava a chegar a casa do trabalho, quando dois homens – bombeiros, enfermeiros? – transportavam o corpo do Cides para uma ambulância que esperava do outro lado da rua, em silêncio e com o motor desligado.
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